sexta-feira, 26 de março de 2010

Escola AHA!


Fabio “Woody” é artista plástico e videomaker. É sócio da educadora Anita Prado e do arquiteto Roberto Pompéia na Escola AHA!. Desenvolveu junto a uma equipe transdisciplinar o sistema Eco5, que integra programas criativos de educação a ações de comunicação e sustentabilidade diferenciadas. Entre outros projetos, foi idealizador do prédio Companhia dos Amigos. Para conhecê-lo melhor, leia o que Woody nos contou por e-mail:

“Não cheguei a me formar. Cursei dois anos e meio de artes plásticas e três de publicidade. Mas acredito que paralelamente à academia, o que realmente me moldou como um artista ‘trans’ (transdisciplinar) foi o interesse por tudo, a curiosidade, a possibilidade de ’subversão positiva’ que há em tudo. Ao contrário de muitos companheiros, penso que a arte é sim muito próxima à política. Nesse sentido penso muito como Joseph Beuys: a arte acontece não somente na ‘obra de arte’ mas também na vida, na história de vida de cada um, na grande escultura social. E o principal endosso que tive nesse sentido foi o processo de coaching pelo qual passei, dez anos atrás, com a educadora Anita Prado. Chama-se Via Aha!, que significa ‘pelo caminho da descoberta’. Para mim, foi um jeito totalmente diferente de aprender e me desenvolver profissionalmente. A identificação foi tamanha que desde 2005 sou sócio dela e do Roberto (Pompéia, arquiteto) na Escola Aha!, e meu sonho de ‘mudar o mundo’ tornou-se nosso cotidiano.”

“O Eco5 é um sistema de gestão sustentável para a construção civil. O que consideramos ’sustentável’ vai além do ambiental. Trabalhamos toda a questão das relações humanas nas empresas. Integramos processos e equipes em toda a hierarquia, passando da liderança aos técnicos e aos trabalhadores de base.

O maior destaque do sistema Eco5 é sem dúvida o PEIA (Programa de Educação Integral Ahática), orientado aos pedreiros, serventes e mestres de obra. Nele, ocorre tanto a educação formal, com alfabetização e educação continuada, quanto a não-formal, com temas que vão desde o resgate das histórias pessoais de cada um, até educação ambiental, segurança, odontologia, cidadania…”

“Na verdade, olhamos para a educação como algo que não existe somente no confinamento acadêmico. Nossa missão é encontrar novas formas de ensino-aprendizado, que tenham princípios e congracem a vida. E essas novas formas podem estar na cidade, nas relações entre as pessoas. Ao pensar assim, começamos a idealizar o conceito do Companhia dos Amigos como um edifício que educa, no sentido de os vizinhos não dizerem somente ‘oi’ e ‘tchau’ no elevador mas sim perceberem-se integrantes de um bem que é coletivo, uma Comunidade Vertical Urbana.”

“Agora estruturamos melhor essa atuação, que chamamos de Biomarketing, e já temos um novo prédio com um conceito 100% antenado com questões da megalópole contemporânea, como mobilidade, uso inteligente da tecnologia e dos recursos naturais, entre outros. Chama-se Lúmen e será construído pela construtora que é nossa grande parceira, a Obracil. Mas por enquanto é tudo o que posso contar!”

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